DIA DO TRABALHO

segunda-feira, 29 de março de 2010

SALVADOR/BAHIA-461 ANOS !

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Salvador da Bahia - história



Em 1501, um ano após o descobrimento do Brasil, Amérigo Vespucci chegou na Baía de Todos os Santos. O dia coincidiu com o feriado de Todos os Santos (1. de Novembro), fato que originou o nome da baía. Em 1549 a coroa portuguesa declarou Salvador a capital do Brasil (titulo que perderia em 1763 para o Rio de Janeiro) e a cidade, com 25.000 habitantes, tornou-se o maior centro urbano ao sul do equador
A partir de meados do século 16, Salvador serviu como maior porto de entrada de escravos africanos no Brasil. A cidade herdou costumes e tradições da África e é hoje um exemplo interessante da integração de culturas distintas, originando a mística cultura afro-brasileira. Ao se forçar escravos a louvar santos católicos, fundiu-se o catolicismo com religiões africanas. Santo Antônio é louvado como Deus Oxumaré, São Jorge é Ogum, etc.

Diz-se que Salvador tem 365 igrejas, uma para cada dia do ano. Por outro lado, os atabaques do candomblé ressoam das ruas e vielas em louvor aos Orixás. Algumas igrejas, principalmente a famosa igreja do Bonfim, são freqüentadas tanto por católicos como por seguidores do Candomblé.



Nota: Este texto e parte da introdução do livro Salvador da Bahia 100 Colorfotos. No livro em questão você poderá ler uma introdução mais detalhada.

A História oficial do Brasil começou na Bahia; a História registra que o descobridor, Pedro Álvares Cabral, aportou nas costas da região onde hoje se encontra Porto Seguro, no litoral Sul da Bahia.
É possível que a nau mensageira enviada por Cabral para dar conta ao rei D. Manuel I das novas terras descobertas (a princípio, pensava-se que uma ilha haia sido descoberta, que foi batizada de Ilha de Santa Cruz) tenha percorrido a costa da Bahia a partir de Porto Seguro para o norte, antes de se lançar à travessia do Atlântico em direção a Portugal.
Os primeiros registros oficiais da região de Salvador, no entanto, foram feitos pela expedição de 1501; Américo Vespúcio, que participava da expedição, foi o primeiro a falar da baía a que chamaram "de Todos os Santos", por ter sido encontrada em 1 de novembro, dia de Todos os Santos.
O nome "Bahia" iria estender-se ao território que se constituiu com as terras das capitanias hereditárias doadas a Francisco Pereira Coutinho, Pero de Campos Tourinho, Jorge de Figueiredo Correia, D. Antônio de Ataíde e D. Álvaro da Costa.



ColôniaA partir da ocupação de Salvador e arredores, nos dois primeiros governos-gerais, existiram distinções muito nítidas entre Salvador (e a região margeando a baía, chamada recôncavo) e o interior mais distante.
Apesar das excelências do ancoradouro descoberto em 1501, os portugueses abandonaram-no nas duas primeiras décadas de existência da colônia, dando margem a que franceses ali negociassem com os indígenas. Em face desse abandono, explica-se a surpresa de Pero Lopes de Sousa, cuja viagem é de 1530, ao encontrar na Bahia o lendário Caramuru, que desde 1510 ou 1511, quando naufragara, vivia entre os selvagens.
As capitanias da costa central do Brasil não ofereciam perspectivas de retorno, e por isso foram destinadas aos menos ricos dos donatários; as capitanias que mais atraíram a atenção foram as do extremo norte (próximas à Foz do Amazonas) e do extremo sul (próximas à foz do rio da Prata) e pelo mesmo motivo: os rios davam fácil acesso ao interior do Brasil, onde, supunha-se, poderiam ser encontradas ricas minas de ouro e platina, tal qual ocorreu na costa ocidental da América.
Também por isso, as capitanias não prosperaram; os donatários tinham poucos recursos humanos, materiais e financeiros, e dependiam da ajuda da Coroa; a Coroa, por não ver perspectivas de retorno imediato, pouco auxílio mandou aos capitães.
Para substituir o fracassado regime de capitanias, deliberou D. João III instalar um governo-geral, com sede na Bahia, que, embora situada a distâncias desiguais dos extremos da costa ocupada pelos portugueses, oferecia boas condições para daí se dar "favor e ajuda às outras capitanias e se ministrar justiça, prover às cousas da real fazenda e ao bem das partes". Para cumprir essa política, foi nomeado Tomé de Sousa, que, de acordo com o regimento de 17 de dezembro de 1548, deveria edificar "uma fortaleza e povoação grande e forte num lugar conveniente".

Após violentas guerras contra os índios de Jaguaripe e Paraguaçu (1558 e 1559), concluiu-se a posse de Matuim e Passé. Não foi somente com boiadas e currais que se completou a incorporação dos sertões à Bahia, mas também com as guerras contra os índios amoipiras, acroás e paiaias. A religião também teve papel importante; Roma mandou a Salvador o primeiro bispo das Américas, o bispo Sardinha; ademais as missões religiosas dos padres da Companhia de Jesus e dos frades de São Francisco e do Monte Carmelo muito contribuíram para as atividades civilizadoras, produtivas e constantes. Outro estímulo para o povoamento consistiu no descobrimento de ouro na serra de Jacobina.

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