DIA DO TRABALHO

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

GRÊMIO ESPORTIVO BRASIL---100 ANOS DE GLÓRIAS.



GE Brasil, um século de independência
Seguindo o exemplo do país, clube forja a própria história na base do grito

Quando Dom Pedro I empunhou a espada e anunciou a famosa frase de ‘independência ou morte’, ele não estava apenas reivindicando a emancipação política do país frente ao domínio português. O Príncipe-regente estava mostrando, pela primeira vez, como age um torcedor Xavante, que enfrenta qualquer obstáculo e supera qualquer fronteira na base do grito.

Tanto é que, exatamente em mais um dia 7 de setembro, só que depois de quase um século, aquele espírito de superação voltou a ser lembrado por outros rubro-negros. Desta vez foram Breno Corrêa da Silva e Salustiano Brito que reincorporaram o imperador brasileiro, bradando uma nova voz de autonomia ao fundar o Grêmio ‘Sportivo’ Brasil. Uma agremiação livre de qualquer regime empresarial, já que, até então, seguia as normas de uma cervejaria, e destinada a quem quisesse chegar. Conforme aconteceu às margens do Ipiranga, em 1822, no prédio número 56 da Rua Santa Cruz, em 1911, também nascia um lugar para todos. Era o ‘clube do povo’ que estava surgindo para fincar uma nova bandeira de independência.

E as similaridades com o país não ficaram restritas apenas ao nome ou à forma como tudo começou. Os ‘gritos’ continuaram. Rapidamente eles ganharam a cidade. Em 1919, o estado, com o título do primeiro Campeonato Gaúcho. Em 1920, os Xavantes já eram ouvidos em todo o território nacional, pois participaram da primeira edição do Campeonato Brasileiro, no Rio de Janeiro. E ainda teve um eco maior. Em 1950, o time vermelho e preto venceu a seleção uruguaia, dois meses antes dela se consagrar campeã mundial, no Maracanaço. O planeta inteiro escutava o barulho que os rubro-negros podiam fazer.

Barulho que até hoje retumba cada vez que os jogadores de camisa vermelha e calção preto entram em campo, seja em que estádio for. Porque ser rubro-negro é, sempre foi e vai continuar sendo assim. Sendo independente de forças mais privilegiadas, sendo vibrante, apaixonado e cada vez mais entusiasmado na esperança de dias melhores, mesmo que para isso a garganta ainda precise aguentar outro século de berros. O importante é que a história mostra que é possível virar páginas, e escrever novos capítulos para construir um final feliz, como outrora fizeram os três fundadores do Brasil: Breno Corrêa da Silva, Salustiano Brito e Dom Pedro I.

Sim, porque não há dúvidas de que o imperador era Xavante, e que, se vivo fosse, ele estaria nas arquibancadas da Baixada no último domingo, passaria a madrugada em festa, soltaria mais um foguete na estrondosa alvorada rubro-negra na manhã desta terça-feira, participaria da carreata pelas ruas da cidade, que aconteceu logo depois dos fogos, e ainda se reuniria com todos os outros torcedores no almoço do grande aniversário. Afinal, tudo aquilo pelo que o imperador lutou um dia, acabou se traduzindo neste clube de futebol. Um clube bem brasileiro, que segue lutando, gritando, e que chega aos 100 anos reconhecendo no próprio hino a igualdade e a pluralidade do povo que lhe segue, cantando ‘as tuas cores são nosso sangue, nossa raça’. Brasil, nós este ano já vencemos, somos centenários. Salve o Brasil!

Fonte de Consulta: GOOGLE

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